Jovem já cumpria pena em Mato Grosso por homicídio em Rondônia e agora responde por tortura e ocultação de cadáver. Operação Incinerando teve ações em três cidades.
Vilhena, RO - Um faccionado de 18 anos, já condenado por homicídio em Rondônia, teve novo mandado de prisão cumprido na manhã de sexta-feira (24) durante a Operação Incinerando, deflagrada pela Polícia Civil de Rondônia com apoio da polícia mato-grossense. O jovem, que já cumpria pena na unidade penitenciária de Barra do Garças, responderá por novos crimes de tortura, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
As investigações revelaram que o criminoso mantinha ligação direta com uma facção rondoniense que operava um sistema paralelo de "justiça", onde vítimas eram submetidas a sessões de tortura e executadas após "julgamentos" realizados por lideranças da organização. Os crimes frequentemente ocorriam através de videoconferências entre executores e líderes faccionais.
A Operação Incinerando teve abrangência interestadual, com cumprimento de mandados em Porto Velho (RO), Pimenta Bueno (RO) e Barra do Garças (MT). O faccionado preso já havia sido condenado anteriormente por envolvimento em homicídio qualificado e integração em organização criminosa.
De acordo com as investigações, após as execuções determinadas pela facção, os corpos eram sistematicamente ocultados para dificultar a localização pelas autoridades policiais. A prática fazia parte da metodologia do grupo criminoso para evitar a elucidação dos crimes.
Com o cumprimento do novo mandado, o jovem de 18 anos permanecerá recolhido no sistema prisional de Mato Grosso e responderá pelos novos crimes apurados na operação. A Polícia Civil de Rondônia continua as investigações para identificar outros envolvidos no esquema criminoso que atuava em múltiplas cidades dos dois estados.
A operação representa um duro golpe na estrutura da facção criminosa que mantinha atividades em Rondônia e Mato Grosso, demonstrando a efetividade da cooperação policial interestadual no combate ao crime organizado na região.
Fonte: Vilhena Online
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