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“RESPEITÁVEL PÚBLICO, O CIRCO CHEGOU A VILHENA!” – Por Júlio Olivar, historiador e jornalista

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O circo resiste desde o século XVIII, com sua poesia e magia

Vilhena, RO - Em tempos de streaming e smartphones, onde o mundo cabe na palma da mão, muitas pessoas se perdem em realidades infectadas pela IA e brincam com bebês reborn.

Cinemas com telonas estão em baixa e até os shoppings não despertam mais interesse na geração alfa — aquela nascida depois de 2013 — cada vez mais avessa a socializações.

Mas o circo resiste desde o século XVIII, com sua poesia e magia. Suscita mais do que os espetáculos: despertam também o desejo velado de ser mambembe, ser livre e sem parada.

"Quando o circo chega à cidade, é como se a própria vida chegasse com ele", disse Gaston Bachelard, filósofo francês.

E assim é. Com sua bailarina cansada, seu equilibrista na corda bamba e seu palhaço que ri preocupado com suas piadas repetidas, nada importa quando as luzes se acendem; o circo traz vida e sonho. É um mundo à parte, cercado por lonas surradas.

No terreno ao lado da Eucatur, situado à avenida Sabino Bezerra de Queiroz, em Vilhena, o circo se impõe, junto ao velho ônibus que parece uma relíquia saída de uma película dos anos 70, ostentando acima do para-brisa a tabuleta: “O circo chegou”. Curta temporada.




Fonte: Folha do Sul
Autor: Júlio Olivar

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