“Que honra e que privilégio poder contribuir com isso tudo”
Vilhena, RO - O artista visual e músico Jhon Douglas, nascido em Vilhena, foi convidado para ilustrar as capas dos livros do renomado escritor e líder indígena Ailton Krenak, recentemente eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL). O convite partiu do editor Rui Silva, da editora portuguesa Antígona, responsável por publicar as obras de Krenak em Portugal.?
Ailton Krenak, membro da etnia Krenak, é uma das vozes mais influentes na luta pelos direitos indígenas e pela preservação ambiental no Brasil. Em 2023, tornou-se o primeiro indígena a ocupar uma cadeira na ABL, assumindo o assento número 5, anteriormente ocupado pelo historiador José Murilo de Carvalho .
Entre suas obras mais conhecidas estão "Ideias para Adiar o Fim do Mundo", "A Vida Não É Útil" e "Futuro Ancestral", que abordam a relação entre humanidade e natureza, criticando a visão capitalista e propondo uma perspectiva mais sustentável e harmoniosa.?
Jhon Douglas expressou sua gratidão e entusiasmo nas redes sociais, destacando a importância de Krenak como referência em seus trabalhos artísticos e visão de mundo. A colaboração entre o artista vilhenense e o escritor indígena representa um encontro significativo entre arte e literatura, fortalecendo a valorização das culturas originárias e a diversidade de vozes na produção cultural brasileira.?
"Já faz uns dias que estou para contar essa novidade. Fui convidado através de Rui Silva para ilustrar os livros lançados pela editora Antígona. Quando esse convite chegou, minha cabeça explodiu. Que honra e que privilégio poder contribuir com isso tudo. Ailton Krenak é uma referência viva nos meus trabalhos, letras de canções e visão de mundo. Obrigado, Antígona e Rui Silva por essa realização", publicou Jhon em suas redes.
As capas seguem a mesma vertente artística de recentes trabalhos de Jhon, especialmente a série "PlantaSalva". Segundo Jhon, a série reúne 18 telas pintadas a acrílica, no formato 50x60cm, executadas com a técnica do freehand. A série é fruto de uma residência artística no Norte Portugal e traz referências afetivas a partir de imagens de vasos de flores presentes nas casas de tias, misturadas a formas naturais que evocam o universo da memória e da intimidade do artista".
Fonte: Folha do Sul
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