Levantamento da Conab e Embrapa Café aponta redução na produtividade e na área cultivada; Sudeste segue como principal região produtora, respondendo por 86,7% do total nacional.
Vilhena, RO - A produção brasileira de café em 2025 deverá registrar uma queda de 4,4% em relação à safra anterior, totalizando 51,81 milhões de sacas de 60 kg, segundo dados da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) e do Observatório do Café, órgão vinculado à Embrapa. A redução é atribuída a uma menor produtividade média nacional (28,0 sacas por hectare, ante 28,8 sacas/ha em 2024) e a uma leve diminuição na área cultivada, que passou de 1,88 milhão de hectares para 1,85 milhão de hectares.
Queda na produtividade e regionalização da produção
O Sudeste, principal região produtora, concentra 86,7% da safra nacional, com estimativa de 44,93 milhões de sacas. No entanto, a área plantada diminuiu 1,7% (1,66 milhão de hectares), e a produtividade caiu 4,3%, para 27,0 sacas/ha.
O Nordeste, segunda maior região, deve produzir 3,41 milhões de sacas (6,6% do total nacional), com produtividade média de 33,7 sacas/ha – um aumento de 11,4% em relação a 2024. Já o Norte apresentou crescimento de 2,8% na área cultivada (41,44 mil hectares) e produtividade 3,6% maior (54,3 sacas/ha), totalizando 2,24 milhões de sacas.
No Sul, a produção se manteve estável (675,3 mil sacas), enquanto o Centro-Oeste registrou a maior queda percentual (-11,6%), com estimativa de 463,1 mil sacas e redução de 10,7% na produtividade.
Fatores que impactam a safra
O relatório do Observatório do Café, disponível no Sumário Executivo do Café de março de 2025, aponta que as variações climáticas e o ajuste na área plantada influenciaram os resultados. Apesar da queda geral, algumas regiões mantiveram ou aumentaram sua eficiência produtiva, como o Norte e o Nordeste.
O documento, elaborado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, serve como referência para o planejamento do setor cafeeiro e destaca a necessidade de acompanhar as tendências de mercado e os desafios logísticos para a próxima safra.
Enquanto o Brasil se prepara para uma produção menor em 2025, o setor segue atento às demandas internacionais e às estratégias para manter a competitividade do café brasileiro no mercado global.
Fonte: Vilhena Online
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