Gabriel Henrique Santos foi sentenciado por asfixiar Antonieli Nunes, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal; família diz que pena não ameniza a dor da perda.
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Gabriel Henrique dos Santos — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Vilhena, RO - Após mais de 12 horas de julgamento no Tribunal do Júri da Comarca de Pimenta Bueno (RO), Gabriel Henrique Santos foi condenado a 33 anos e um mês de prisão pelos crimes de feminicídio e aborto sem consentimento da gestante. O caso, que chocou a região, envolveu a morte brutal de Antonieli Nunes, asfixiada pelo réu após ele descobrir que ela estava grávida.
Crime brutal e motivação torpe
O júri, composto por sete pessoas, foi unânime na decisão. A dosimetria da pena considerou agravantes como o motivo torpe (a gravidez indesejada), o uso de meio cruel (mata-leão seguido de perfurações no pescoço) e o feminicídio — crime cometido contra uma mulher em contexto de violência doméstica.
Gabriel, que era casado e mantinha um relacionamento extraconjugal com Antonieli, confessou que a atacou após um "ataque de pânico" ao saber da gestação. Ele a estrangulou enquanto estavam deitados "de conchinha" e só parou quando já não sentia o próprio braço "de tanto apertar". O corpo da vítima foi encontrado por familiares, com marcas de asfixia e ferimentos por objeto cortante.
Família lamenta perda irreparável
Durante o julgamento, Gabriel não compareceu nem se manifestou. A sentença foi definida em regime fechado, sem direito a recursos em liberdade.
Apesar da condenação, a família de Antonieli destacou que a justiça não apaga a dor. "A pena jamais vai amenizar essa dor que a gente tem. O que queríamos era ela aqui conosco", disse Daniela Nunes, prima da vítima. Antoniel Nunes, irmão de Antonieli, acrescentou: "A justiça foi feita, mas nada trará minha irmã de volta".
Crime duplo: feminicídio e aborto forçado
Além do feminicídio, a Justiça considerou o aborto não consentido (artigo 125 do Código Penal), já que a morte da gestante resultou automaticamente na morte do feto. A decisão reforça o combate à violência contra a mulher e a responsabilização penal em casos de gravidez indesejada.
O caso serve como alerta para a sociedade sobre os riscos da violência doméstica e a importância da denúncia. A família de Antonieli espera que a condenação iniba crimes semelhantes e dê voz a outras vítimas.
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Antoniel e Antonieli Nunes — Foto: Arquivo Pessoal/Antoniel Nunes
Fonte: Vilhena Online
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