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FEMINICÍDIO ANUNCIADO: em Vilhena, mulher é ameaçada por ex-namorado e nem medida protetiva intimida o “stalker”

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“Eu estou soltando um grito de socorro para as autoridades, para não ser mais um número nas estatísticas de feminicídio em Vilhena”

Vilhena, RO - Por telefone, uma analista de processos de 38 anos revelou ao FOLHA DO SUL ON LINE neste domingo, 23, a rotina de terror que tem vivido há quase três anos, sendo perseguida pelo ex-namorado, um “stalker” (ENTENDA O QUE É), que foi preso no dia anterior (sábado) em um restaurante onde ela já se encontrava.

A entrevistada explicou à reportagem que estava acompanhada do filho, quando o ex-namorado, com quem se relacionou por quatro anos, se aproximou dela. Como há uma ordem judicial que o impede de chegar perto da ex, o homem foi preso em público.

A vítima conta que, desde que rompeu o relacionamento, sua vida virou um inferno por causa do denunciado, que mora no Paraná, mas dá plantões em um órgão estadual em Vilhena. Quando está na cidade, ele persegue implacavelmente a antiga companheira e lhe faz ameaças.

A mulher conta que, por causa da obsessão por ela, o funcionário público já a fez perder um emprego, ligando para o representante da empresa, e lhe difamando, atacando sua moral e ética no trabalho. “Meu chefe acabou me dispensando por se sentir ameaçado ao receber até 20 ligações por dia”, conta a mulher.

Mãe de um garoto de 15 anos, fruto de outro relacionamento, a vítima filmou o perseguidor enquanto andava de carro pela cidade ontem, e enviou as imagens para a redação, para mostrar que ele não lhe dá um minuto de paz.

Trabalhando atualmente em outra empresa, a mulher já teve seu número corporativo descoberto pelo stalker, que foi solto no dia seguinte à prisão e tenta repetir a mesma maldade que a fez ser dispensada do trabalho anterior, pressionando seus empregadores.

Potencial vítima de um crime que se tornou rotina no Brasil, a entrevistada teme por sua vida, e busca mais auxílio junto às autoridades. “Eu estou soltando um grito de socorro para as autoridades, para não ser mais um número nas estatísticas de feminicídio em Vilhena”, desabafa.

Fonte: Folha do Sul

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