
“Eu o tratava como filho, pois esse rapaz começou a trabalhar comigo ainda menor de idade”
Vilhena, RO - Em contato com a redação na manhã deste sábado, 15, o empresário envolvido em uma polêmica briga com um ex-empregado em Vilhena, deu sua versão sobre o caso. O episódio viralizou após um vídeo mostrar o dono de uma vidraçaria pulando o portão da casa onde moram o ex-funcionário e a esposa dele .
O entrevistado revelou ter obtido provas de que o colaborador, que saiu da empresa no ano passado, teria desviado dinheiro da firma. “Eu o tratava como filho, pois esse rapaz começou a trabalhar comigo ainda menor de idade. Fiz sua primeira habilitação e sempre ajudei no que pude”.
O empresário conta que, justamente pela confiança, o jovem contra quem deverá lutar na justiça, ficava com o dinheiro da vidraçaria em sua conta, tendo liberdade para receber e fazer pagamentos. E as provas dos supostos desvios estavam no notebook que ele quebrou após o casal não lhe fornecer a senha do equipamento.
O entrevistado explicou detalhadamente o que aconteceu: “eu estava fazendo um tratamento de saúde em Porto Velho, e ele pegou um serviço de R$ 30 mil para fazer. Errou tudo e a cliente não aceitou, exigindo a devolução do dinheiro”, revela.
Como movimentava as contas do patrão, o empregado fez um pagamento de R$ 20 mil para a cliente, e negociou para quitar o restante em 5 parcelas de R$ 2 mil, segundo o dono da empresa, que pagou duas e pediu que o empregado quitasse as outras três.
CASA FINANCIADA
Sobre a casa que o ex-funcionário financiou, o patrão detalha: “Ele precisava dar R$ 40 mil dos R$ 185 mil que valia o imóvel. Eu fiz o acerto trabalhista dele, que seria de R$ 13 mil, mas arredondei para R$ 20 mil. Também coloquei uma moto de R$ 11 mil no negócio, para facilitar a compra da residência”.
O entrevistado conta que o empregado pagou apenas R$ 9 mil parcelados referente ao empréstimo para dar entrada no financiamento e, hoje, ainda estaria lhe devendo R$ 4 mil.
BO NA POLÍCIA
Ao registrar queixa na polícia após ter sua imagem atacada, ainda que seu rosto e seu nome tenham sido preservados, o denunciante escreveu, ao registrar o BO na Unisp, em companhia de seu advogado:
“Tomado pela indignação e revolta, fui até a residência dele para confrontá-lo sobre os fatos, momento em que, descontrolado emocionalmente, acabei por danificar um notebook pertencente à empresa e uma vidraça da residência do denunciado.
Diante do exposto, requeiro a representação criminal contra ele, pela prática do crime de apropriação indébita, considerando que ele desviou tanto valores monetários quanto mercadorias da empresa, causando prejuízo patrimonial. Solicito, assim, que sejam tomadas as devidas providências legais cabíveis para a responsabilização do denunciado”.
Fonte: Folha do Sul
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