
Ao sair para pescar, trabalhador acabou se desviando do caminho e se perdeu na mata
Vilhena, RO - O trabalhador identificado como Franklei Mesquita de Souza, de 29 anos, foi encontrado em uma área de mata, na tarde de ontem (terça-feira, 18), após passar 12 dias perdido na Floresta Amazônica, entre Juína (735 km a Noroeste de Cuiabá) e Vilhena. Ele trabalhava na região da Estação Ecológica Iquê, que também faz parte da Terra Indígena Inawene-nawê, quando foi visto pela última vez por um colega de trabalho.
O encontro com a família, na terça, foi marcado por emoção diante de tantos dias de incerteza quanto ao seu paradeiro e estado de saúde. Ao site Juína News, a esposa do homem, Cristiele Borges, disse que só soube do sumiço na sexta-feira, 14, quando o patrão a informou, pois o marido só voltava para casa em intervalos de 15 a 20 dias, e a comunicação era limitada. Além da esposa, a mãe e os 3 filhos esperavam a chegada de Franklei.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a equipe foi comunicada do sumiço do homem na sexta-feira, 14. Um colega de trabalho informou que Franklei não era visto há 7 dias.
O comunicante disse que voltou ao acampamento onde estavam após uma semana e encontrou apenas as panelas com comida já estragada e não sabia do paradeiro de Franklei.
Assim, com apoio de cães farejadores, drones, quadriciclos e militares de cidades vizinhas, foram feitas as buscas na região. A operação de resgate foi desafiadora, devido às características da área: ambiente hostil de difícil acesso e locomoção restrita.
Foram dias de buscas até que o homem reapareceu no acampamento. Ele estava exausto, mas em condições estáveis e relatou que, ao sair para pescar, acabou se desviando do caminho e se perdeu na floresta. Durante todo o período, sobreviveu na mata até conseguir ouvir os chamados da equipe de resgate.
Imediatamente, os bombeiros realizaram a primeira avaliação médica e o encaminharam à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Juína, onde passou por exames.
Ao site Juína News, o homem contou que foram dias muito difíceis, de frio e chuva. Que se alimentou de frutos que achava no mato e de palmito, além de usar o isqueiro que carregava consigo para fazer fogueiras durante a noite.
Fonte: Folha do Sul
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