
Prefeitura já anunciou que fará contratação emergencial para manter o serviço
Vilhena, RO - Após a prefeitura de Vilhena divulgar nota para comentar a decisão da Transpain, única empresa que atuava no transporte coletivo de passageiros na cidade, o FOLHA DO SUL buscou mais informações sobre a paralisação do serviço, que também afeta a classe estudantil, já que a firma atendia parte da categoria (ENTENDA AQUI).
Segundo as informações obtidas pelo site, no ano de 2016, o então prefeito Eduardo Japonês, pressionado por alunos do IFRO, que exigiam transporte até o campus da instituição federal de ensino, criou um programa que fornecia passes aos estudantes.
A medida, que já custava 900 mil anualmente aos cofres municipais, acabou sendo estendida também aos alunos da rede estadual que estudavam em escolas na área urbana de Vilhena. O programa, que tinha começado com 16 mil passes, bateu em 24 mil, custando cerca de R$ 2 milhões por ano.
Esse serviço era prestado até agora pela Transpain, que também transportava pessoas que não faziam parte de nenhuma rede de ensino. De acordo com as informações passadas pela prefeitura à reportagem, mesmo que esses milhares de passes não fossem usados, o total fixo que era contratado, acabava sendo pago.
No ano passado, o atual prefeito de Vilhena, Delegado Flori (Podemos) optou por manter o programa, e está respondendo processo na Justiça Eleitoral, acusado de conceder o benefício para se reeleger, o que seria proibido na campanha. Ele nega que a iniciativa tinha intenção eleitoral, e foi adotada apenas para não deixar as crianças e adolescentes sem aulas.
Recentemente, Flori se reuniu com outras autoridades e explicou que o município não tinha recursos para “puxar” estudantes que são de responsabilidade do Estado de Rondônia e do governo federal (no caso do IFRO).
O Estado já sinalizou que ajudará a bancar o serviço e o IFRO ainda analisa a proposta apresentada pelo prefeito: pagar 85% do passe dos alunos da entidade, mediante a apresentação de um relatório que comprove que eles foram assistir as aulas.
A Transpain, cuja versão será publicada tão logo chegue à redação, teria alegado que a concessão havia se tornado desvantajosa e, por isso, optou por não atuar mais no segmento. Com isso, o município contratará emergencialmente outra firma para executar o mesmo serviço.
Foto: Imagem ilustrativa
Fonte: Folha do Sul
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