
Outras pessoas que viajavam no coletivo foram resgatadas pela PRF
Vilhena, RO - Por telefone, o FOLHA DO SUL ON LINE entrevistou, na tarde desta terça-feira, 25, uma a pescadora de 40 anos, que na noite de ontem gravou vídeos para mostrar os transtornos causados a pacientes com câncer que voltavam de Cacoal em um ônibus a serviço da prefeitura de Vilhena. Antes de chegar ao posto da PRF em Pimenta Bueno, o veículo apresentou um defeito e parou na pista.
De acordo com a entrevistada, ela hoje está em observação, após quase 5 anos tratando de um câncer de útero descoberto em 2020. Assim como ela, os mais de 10 pacientes a bordo do veículo enfrentam a mesma doença. A maioria faz sessões de radio e quimioterapia, e até cirurgias em Cacoal.
“Eu hoje vou lá a cada seis meses, mas tem gente que precisa fazer a viagem toda semana”, conta a mulher, atribuindo os transtornos enfrentados pelo grupo ao “ônibus velho”, que só voltou a funcionar após a intervenção de um mecânico de Pimenta Bueno.
A pescadora conta que muitos dos passageiros, além de debilitados pela doença e pelas sessões de tratamento, estavam exaustos e com fome durante o trajeto, e diz que a viagem demorou muitos mais de Cacoal até Vilhena, onde todos chegaram depois da meia-noite.
“A gente teve medo até de ser atropelado, pois começamos a caminhar pela BR 364, tentando achar um local onde pegasse sinal de celular. Ainda bem que a Polícia Rodoviária resgatou a gente. Tinha muita gente com sede, usando sonda e precisando usar o banheiro”, relata a paciente.
O site aguarda manifestação do secretário de Saúde de Vilhena, Wagner Borges, e publicará os eventuais esclarecimentos que ele fizer sobre o episódio (CLIQUE ABAIXO e assista o vídeo).
Fonte: Folha do Sul
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