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23/12/2024 08:27:00
Vilhena perde 3,5 mil hectares de floresta nativa por ano: 16% da vegetação primária já foi desmatada desde 1986

Desmatamento pode ser visto do espaço em imagens de satélite

Em um clique praticamente todas as áreas de floresta primária dos entornos da zona urbana de Vilhena somem. A “magia do desenvolvimento” se torna possível na plataforma MapBiomas, que disponibiliza dados do Imazon. São imagens de satélite de 1986 a 2023 mostrando todas as áreas verdes do território vilhense. Desde que os dados começaram a ser compilados, o município perdeu 175 mil hectares de florestas nativas, o que representa 16,1% do total que existia no início dos registros.

Na ferramenta, é possível observar a área desmatada no mapa e também em números ou gráficos. A série histórica começa em 1986, quando já havia boa parte do território vilhenense já desmatada. Ainda assim, na época, havia 1.089.661 hectares de florestas nativas ou primárias (aquelas que são originárias de processos naturais e não de reflorestamento ou plantio humano). Nos 38 anos que se seguiram, até 2023, a queda foi de 16,1%, totalizando 175.228 hectares desmatados.

Os dados não apresentam indicadores sobre a legalidade ou não do desflorestamento, mas mostram claramente que mesmo dentro da grande reserva indígena do território vilhenense, as motosserras funcionaram. A média geral do período foi de 5,3 mil hectares suprimidos por ano, com os últimos 10 anos apresentando média de 3,5 mil, variando entre 2,1 mil e 4,5 mil de 2013 a 2023.

No âmbito estadual o indicador é pior. Considerando o mesmo período e tipo de vegetação desmatada em todo o Estado de Rondônia, é possível observar que dos 20,6 milhões de hectares de floresta primária existentes em 1986 hoje restam apenas 12,5 milhões, uma queda de quase 40%, representando 8,1 milhões de hectares a menos.











Fonte: Folha do Sul
Autor: Herbert Weil (Fotos: Reprodução)

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