A banca já estava fechada há quatro anos, desde que explodiu a pandemia da Covid-19
Vilhena, RO - A Banca do Zóio era um verdadeiro símbolo informal de Vilhena, conhecida por todos na cidade. Por quase 30 anos, Alfredo Frota Fontinelli, mais conhecido como “Zóio”, manteve o negócio na esquina das avenidas Marques Henriques com Capitão Castro. A banca não era apenas um ponto de venda de jornais, revistas, cartões telefônicos e ingressos para shows, mas também um local de encontros e um ponto de referência.
As conversas e fofocas, que muitas vezes não estavam nas páginas dos jornais, faziam parte do cotidiano dos frequentadores da banca. A localização estratégica, bem em frente ao antigo supermercado Pato Branco, garantia um fluxo constante de pessoas.
Com o advento da internet e as mudanças nos hábitos da sociedade, o comércio de publicações impressas tornou-se inviável. No auge das publicações analógicas, Vilhena chegou a ter seis bancas de jornal, mas atualmente restam apenas duas: a da rodoviária e outra na praça Nossa Senhora Aparecida. A cidade também não possui mais jornais impressos; houve uma época em que cinco deles circulavam simultaneamente, na década de 2000.
A banca já estava fechada há quatro anos, desde que explodiu a pandemia da Covid-19. Recentemente, a estrutura metálica foi retirada do local. Zóio vendeu tudo para uma mulher que instalará uma lanchonete na Vila Operária. "No fundo, a gente sente. Mas já não tinha mais jeito. Era hora de passar para frente", disse Zóio, resignado. Agora, ele trabalha com a venda de ovos. "E estou muito bem, graças a Deus".
Fonte: Folha do Sul
Autor: Júlio Olivar - Especial para o FOLHA DO SUL ON LINE
Nenhum comentário