
“Ela não ostenta nenhuma condenação anterior”, argumentou um dos advogados
Vilhena, RO - Durou cerca de 15 minutos a audiência de custódia da mulher acusada de envolvimento no assassinato do dentista Clei Bagattini, em Vilhena, na semana passada.
O procedimento judicial previsto para atestar que não houve ilegalidades na prisão, realizado hoje, foi acompanhado pelo MP e pelos advogados da acusada, Raqueline Leme Machado, os criminalistas Jacier Dias e Isaque Donadon. Ela e outros dois foram presos na zona rural de Colorado do Oeste esta semana.
Embora os detalhes mais importantes do caso sejam sigilosos, o FOLHA DO SUL ON LINE apurou que Raqueline disse ter sido agredida durante o cumprimento do mandado contra ela. A juíza do caso, no entanto, entendeu que a acusação não seria suficiente para anular a prisão temporária, que foi mantida por 30 dias, e pode ser prorrogada pelo mesmo período.
A denunciante apresentava hematomas no corpo, segundo a perícia médica feita após a prisão, e a situação será investigada. Justamente por causa das alegadas agressões, a defesa de Raqueline pediu o relaxamento da prisão, alegando que, além de haver violência policial na captura, ela preenche os requisitos para ser mantida em liberdade, monitorada por tornozeleira eletrônica.
Segundo os defensores, a acusada tem endereço físico e trabalho comprovado. Além disso, os advogados alegaram que a suspeita tem uma filha de 10 anos que depende dela, e prometeu recorrer para que a cliente seja colocada em liberdade. “Ela também não ostenta nenhuma condenação anterior”, argumentou um dos advogados.
Os outros dois presos, o namorado de Raqueline, Maikon Sega, e o tio dele, Mauro Sega, participaram do mesmo tipo de audiência, mas em Colorado do Oeste. Maikon, que já era foragido, teve a prisão mantida, enquanto Mauro foi libertado mediante o pagamento de fiança. A polícia não divulga qual é a participação de cada um na morte de Bagattini.
VAI FALAR?
Ainda não está marcado o interrogatório de Raqueline, que se recusou a depor assistida por um defensor público. Orientada pelos dois advogados que passaram a atuar em sua defesa, ela só deve responder os questionamentos sobre seu envolvimento no crime quando os profissionais do Direito tiverem acesso a todas as acusações contra ela e analisarem os argumentos usados no pedido de prisão.
Fonte: Folha do Sul
Nenhum comentário