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Morador alerta autoridades de segurança e denuncia: “bairro de Vilhena está dominado por facção criminosa”

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“A mãe só descobriu que o filho era faccionado depois que ele morreu a tiros recentemente”

Vilhena, RO - Um morador do bairro União, comunidade com mais de 400 casas populares onde vivem centenas de famílias na periferia de Vilhena, procurou a redação do  para denunciar que, enquanto as autoridades de segurança tentam negar a influência de facções criminosas na cidade, uma delas domina aquele residencial popular.

O denunciante, que veio pessoalmente conceder a entrevista ao site, mas por questão de segurança não exibiu o rosto e nem autorizou que seu nome fosse citado, garante que não tem ligação com nenhuma das facções que atuam em Vilhena, mas acompanha os atos de violência decorrentes da disputa por território travada entre elas.

O entrevistado, aliás, disse que a morte recente de três jovens é mais um capítulo sangrento da guerra entre os grupos criminosos. Um rapaz de 17 anos baleado durante um velório e cujo corpo foi encontrado dentro do cemitério, teria sido executado por filmar as ameaças de um outro garoto, que compartilhou o material no WhatsApp, mas depois também foi morto a tiros (ENTENDA AQUI).

Sobre as ameaças e acusações trocadas entre as organizações criminosas através do WhatsApp, o morador garante que o material é verdadeiro. E explica o motivo de expor a situação: “eu moro ali e não tenho mais liberdade, pois todo mundo lá tem que andar com os vidros dos carros abaixados e as viseiras dos capacetes levantadas”.

Sem revelar o nome da facção que diz estar “protegendo o bairro”, o denunciante explica que, embora os furtos e roubos tenham diminuído por lá, esse tipo de crime não acabou por causa da presença do grupo: “um morador precisou cuidar de um parente hospitalizado e limparam a casa dele”.

Ao reafirmar que o conjunto União está mesmo dominado, sujeitando os moradores às regras que a facção cria, o entrevistado disse que não se muda de lá porque não quer vender sua casa por preço baixo. “Quando um bairro é dominado por facções, os imóveis perdem o valor”, argumenta.

“Esses faccionados têm o domínio de garotos entre 13 e 15 anos. Os pais só descobrem que os filhos estão envolvidos quando eles morrem, ou quando são coagidos pela facção rival ali mesmo. A mãe só descobriu que o filho era faccionado depois que ele morreu a tiros recentemente”, finaliza.





Fonte: Folha do Sul

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