Tentativa de homicídio

Montiel foi detido pela polícia argentina após apontar uma arma para a cabeça da vice-presidente Cristina Kirchner, enquanto ela autografava livros de simpatizantes que participavam de um ato em frente a casa da política, no bairro da Recoleta. De acordo com o presidente Alberto Fernández, a arma, uma pistola .380, estava carregada com 5 balas e “não disparou, apesar de ter sido engatilhada”.

Brasileiro aponta arma contra Cristina Kirchner em Buenos Aires e é preso

Um homem foi preso nesta quinta-feira na Argentina por apontar uma arma de fogo contra a vice-presidente Cristina Kirchner quando ela chegava em casa

Nos vídeos, é possível ver que Cristina se abaixa após a arma ser apontada para ela. No mesmo instante, seguranças intervêm e conseguem segurar o suspeito. Uma fonte do governo argentino afirmou ao jornal Clarín que Cristina não percebeu, na hora, que um homem havia tentado atirar contra ela.

No momento da tentativa de disparo, ela abaixou para pegar um exemplar de sua biografia que alguém havia pedido para que ela autografasse e tinha caído na rua. Só depois, segundo a fonte, ela entendeu o que aconteceu. No vídeo, é possível ver ela apanhando um livro no chão.

Manifestações

Apoiadores de Kirchner têm se manifestado após promotores pedirem 12 anos de prisão a Cristina por supostos esquemas de corrupção. Enquanto presidente, ela teria beneficiado empresários específicos e interferido em contratos milionários para obras de rodovias, diz o Ministério Público. A vice do Executivo argentino afirma ser inocente e diz que a denúncia é uma tentativa de derrubar o projeto político que ela representa.

Apoiadores fazem vigília em frente a casa da vice-presidente em Buenos Aires. Foto: Luis Robayo / AFP

Após a tentativa de atentado, os protestos no entorno da residência da vice-presidente se intensificaram. Manifestantes passaram a madrugada inteira no Bairro da Recoleta. O presidente Alberto Fernández declarou feriado nacional nesta sexta-feira, 2.

“Providenciei para que amanhã (2 de setembro) seja declarado feriado nacional, para que em paz e harmonia o povo argentino possa se expressar em defesa da vida, da democracia e em solidariedade com a nossa vice-presidente”.

Fonte: Estadão