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Dólar sobe quase 3% e se aproxima de R$ 5,40 na abertura da semana

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Dólar caminha para a segunda disparada diária seguidaJO YONG-HAK/REUTERS

Vilhena, RO - O dólar começou a semana com fortes ganhos e voltou a flertar com a marca de R$ 5,40 na manhã desta segunda-feira (26). Às 13h15, a moeda americana operava em alta de 2,71%, vendida por R$ 5,391.

O movimento que leva a cotação do dólar ao maior nível desde julho é marcado pela aversão a risco no exterior, enquanto, no Brasil, a reta final da corrida eleitoral colabora com a cautela dos investidores.

Se encerrar o dia assim, a moeda subirá pelo segundo pregão consecutivo, depois de ter fechado a última sessão em alta de 2,59%, a R$ 5,2483, a maior valorização diária desde 22 de abril (+4,07%) e o maior patamar para encerramento desde o último dia 16 (R$ 5,2609).

"Investidores ainda [estão] preocupados com a consequência que os apertos monetários dos grandes bancos centrais do mundo podem levar às economias, uma recessão", disse Jefferson Rugik, presidente-executivo da Correparti Corretora, notando o fortalecimento do dólar no exterior.

Em queda, inflação do Brasil já é a sexta menor entre países do G20

Um índice da divisa dos Estados Unidos contra uma cesta de seis pares fortes subia 0,4% nesta segunda-feira, quando renovou um pico em duas décadas. Ao mesmo tempo, a moeda americana operava em alta contra todas as principais moedas de países emergentes ou ligadas a commodities. O real dividia com o peso chileno a posição de o pior desempenho global no dia.

Investidores têm fugido rapidamente de ativos considerados arriscados nos últimos dias, principalmente desde que o Federal Reserve subiu sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual pela terceira vez seguida, na quarta-feira passada, e projetou uma trajetória de aperto monetário mais agressiva que o inicialmente esperado pelos mercados.

Juros mais altos nos EUA beneficiam o dólar, ao tornar os retornos da renda fixa americana mais interessantes para o capital estrangeiro, e também têm desencadeado temores de recessão, já que tendem a restringir os gastos de empresas e famílias.

Com a divulgação de dados de inflação das principais economias e falas de dirigentes de bancos centrais agendadas para os próximos dias, "a semana promete ser desafiadora" nas oscilações do câmbio, completou Rugik, chamando atenção ainda, no âmbito doméstico, para as eleições presidenciais de domingo.


Fonte: R7, com Reuters

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