
Filha do paciente de 66 denunciou o profissional de saúde
Vilhena, RO - O relato contundente da filha de um idoso atendido na UPA de Vilhena esta semana virou manchete em um programa de TV e acabou também se tornando caso de polícia, com o médico envolvido na polêmica denunciando o que considerou uma calúnia que manchou sua reputação.
Leia abaixo a denúncia da filha do paciente de 66 anos, enviada por escrito ao FOLHA DO SUL ON LINE: “Estive com meu pai na UPA na noite de segunda-feira, em torno de meia noite; meu pai encontrava-se com a pressão alta e dores no peito.
Já de início teve uma demora na triagem, pois as duas atendentes não estavam no local. Mas depois fomos atendidos e o médico passou a medicação pra ele. Aí, houve outra demora, pois as meninas da medicação, ao invés de se dedicar a medicar os pacientes, ficavam conversando, dando risadas altas e mexendo no celular. Depois da medicação, liberaram pra ir pra casa.
Em torno das 5 da manhã retornamos à UPA, pois meu pai havia desmaiado, e a pressão subiu muito; tiramos ele do carro com a ajuda de parentes e de outros pacientes que aguardavam; mesmo desmaiado, pediram pra esperar a vez dele.
Depois disso, quando foi atendido, o médico de plantão medicou e falou pra ir pra casa. Questionei o médico, pois meu pai ainda estava com os sinais vitais alterados. Então o médico disse à seguinte frase para minha mãe: "vai pra casa, se você sentir falta desse bonitão de olhos claros, você volta"
Com medo de voltar pra casa, levamos ele na UBS próxima de nossa casa, e quando entramos com ele, meu pai teve um infarto, sendo necessário fazer massagem cardíaca; agora meu pai se encontra na UTI”.
O OUTRO LADO
Após ter seu nome exposto em um programa de TV, onde as acusações da filha do idoso foram reproduzidas, o médico Rafael Sadrak registrou queixa na polícia, e depois veio até a redação do FOLHA DO SUL ON LINE para apresentar sua versão quanto sobre o episódio.
Rafael é rondoniense de nascimento, tem 32 anos, é clínico geral e atende na UPA de Vilhena há mais de um ano. Ele explicou que, por razões éticas, não pode falar do paciente, mas negou todas as acusações.
O médico esclareceu que havia duas enfermeiras na sala onde ele atendeu o idoso, e que elas podem testemunhar que a frase não foi dita. Também revelou que, após o paciente ser medicado, ele voltou à sua sala e foi liberado, “pois não havia critérios para internação”.
O profissional de saúde já adiantou que pedirá as imagens gravadas pelas câmeras da UPA para mostrar que a filha do idoso não acompanhou o atendimento.
Fonte: Folha do Sul
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