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Deolane na prisão e avião de Gusttavo Lima apreendido: Entenda como funcionava o esquema investigado

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Programa ‘Fantástico’ teve acesso a detalhes das investigações conduzidas pela Polícia Civil de Pernambuco

Imagens: Reprodução / Redes Sociais

Vilhena, RO - A investigação da Polícia Civil de Pernambuco que levou a influenciadora Deolane Bezerra à prisão e envolveu a apreensão de um avião de empresa do cantor Gusttavo Lima envolve um complexo esquema de lavagem de dinheiro, segundo reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, que teve acesso a detalhes do trabalho policial.

Segundo a reportagem, que foi ao ar na noite de domingo 8, as investigações começaram em 2022, quando uma operação apreendeu 180 mil reais em dinheiro e um caderno de anotações em uma banca de jogos em Recife pertencente a Darwin Henrique da Silva, identificado como operador do jogo do bicho na capital pernambucana.

A polícia apontou que a estrutura do jogo do bicho estava utilizando o mercado de “bets” e uma série de outras empresas para lavar o dinheiro ilegal, incluindo valores obtidos com os chamados “jogos do tigrinho“. As somas circulavam por diferentes contas bancárias para eliminar os rastros das atividades ilegais.

O avanço das investigações fez os policiais chegarem ao filho de Silva, Darwin Henrique da Silva Filho, dono da plataforma de apostas (“bets“) Esportes da Sorte. Deolane, influenciadora com milhões de seguidores nas redes sociais, já fez propagandas para a Esportes da Sorte. O envolvimento dela, porém, não se resume a isso, segundo detalhes do inquérito.

A soma dos valores bloqueados em toda a operação chega a 2 bilhões de reais, o que inclui o patrimônio de Deolane. O Fantástico revelou que, segundo a polícia, uma empresa de apostas aberta em nome dela, a Zero Um Bets, foi criada para facilitar a lavagem de dinheiro de jogos ilegais. A mãe de Deolane, Solange Bezerra, também pode ter participado no esquema – ela também foi presa.

A defesa de Deolane e da mãe afirmou ao Fantástico que mantém “plena confiança na justiça e segue trabalhando incansavelmente pelo restabelecimento de suas liberdades, convicta de que a inocência de ambas será plenamente comprovada”.

Outra forma encontrada pelos integrantes do esquema para mascarar a origem do dinheiro era a compra de bens de luxo, como aviões. Entre os bens apreendidos na operação da última semana está um avião pertencente à empresa Balada Eventos e Produções Ltda, pertencente a Gusttavo Lima.

A aeronave, porém, foi vendida e está em processo de transferência para a empresa JMJ, do empresário José André da Rocha Neto – uma das pessoas com prisão decretada na operação. Ele é dono, entre outras empresas, da VAIDEBET, mais uma casa de apostas. O cantor é garoto propaganda da empresa.

Em nota enviada ao programa da Globo, os advogados de Gusttavo Lima afirmaram que ele “apenas vendeu um avião para uma das empresas investigadas” e que “a operação de compra e venda seguiu todas as normas legais”. Além disso, disseram que o cantor “apenas mantém contrato de uso de imagem em prol da marca VAIDEBET”.

Fonte: Carta Capital

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